O texto da Declaração, que surgiu das discussões que ocorreram antes, durante e logo após o término da Plenária e que representou um esforço coletivo, ratifica o compromisso do Fórum com a conservação marinha e a importância de conscientizar a sociedade sobre o cuidado com os ecossistemas marinhos.
O Fórum pretende contribuir para o cumprimento da meta 3 do Acordo Global de Biodiversidade de Kunming Montreal, que visa à conservação efetiva de 30% da superfície terrestre e aquática da Terra até 2030.
Ele também expressa seu compromisso de apoiar a expansão e o fortalecimento de novas áreas marinhas protegidas nos mares do Cone Sul.
Outro ponto da declaração refere-se ao “compromisso de proteger ambientes e espécies-chave para a integridade ecológica do mar Patagônico, reconhecendo que o avanço das atividades humanas sem considerar os danos ambientais representa uma ameaça inaceitável”, destacando a preocupação gerada pela potencial instalação de um terminal de petróleo no Golfo de San Matías e a produção industrial de salmonídeos nas AMPs do Chile (e a tentativa de avançar com esse tipo de produção na Argentina).
A conservação do golfinho Franciscana e a ameaça representada por sua captura acidental em redes de pesca artesanal é outro dos pontos incluídos no documento, no qual os signatários expressam seu compromisso de promover sua conservação.
Em relação aos acordos internacionais, o Fórum é favorável à ratificação do Acordo sobre a Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade Marinha além das Jurisdições Nacionais (BBNJ), apoiando a proposta das autoridades chilenas de estabelecer a sede da secretaria técnica do tratado na cidade de Valparaíso, como a primeira sede da ONU em um país sul-americano.
Também menciona a importância de avançar no Tratado Global de Plásticos, para conter a poluição no mar e em todas as formas de vida e para cumprir o Acordo de Escazú para garantir o acesso à informação, a participação pública e a justiça em questões ambientais.
Texto completo da declaração aqui