
A pesca industrial, historicamente uma das principais atividades econômicas da região, agora enfrenta o desafio de reduzir seu impacto no mar. A poluição plástica causada pela pesca e a captura acidental de espécies não-alvo são problemas de grande escala há anos. Portanto, é essencial promover e implementar processos de capacitação para adquirir conhecimento sobre essas questões, a fim de promover uma gestão mais equilibrado que compreenda e respeite os ecossistemas marinhos e costeiros.
Nesse contexto, o dia de treinamento e intercâmbio “Boas práticas de pesca: gestão de resíduos plásticos e mitigação de capturas incidentais” foi realizado em 27 de fevereiro na cidade de Rawson, co-organizado pela Secretaria de Pesca de Chubut e pelo Fórum para a Conservação do Mar Patagônico e Áreas de Influência, no âmbito do Projeto MaRes, cujo objetivo é fortalecer a resiliência das áreas protegidas costeiras e marinhas na Argentina com o apoio financeiro da União Europeia.
O evento reuniu a equipe técnica, a administração, os observadores de bordo, os operadores portuários e outros profissionais importantes do setor, refletindo a necessidade de uma abordagem colaborativa para reduzir os impactos ambientais da pesca.

Ciência, conservação e treinamento: pilares de uma pesca que minimiza os danos ambientais
Durante o evento, especialistas da Aves Argentinas (AA), da Fundação Cambio Democrático (FCD), da Fundação Vida Silvestre Argentina (FVS) e do Instituto de Conservação de Baleias (ICB), organizações membros do Fórum, compartilharam ferramentas e estratégias baseadas em evidências científicas e experiências para enfrentar dois dos principais desafios do setor: a captura acidental de aves marinhas e a poluição plástica causada pelas atividades de pesca.
A partir dessa abordagem, o treinamento buscou promover uma abordagem ecossistêmica da pesca, na qual o setor pesqueiro não apenas aproveita os recursos marinhos, mas também assume maior responsabilidade por sua proteção. Os tópicos abordados incluíram a importância de melhorar a infraestrutura e a gestão de resíduos a bordo e nos portos, a adoção de boas práticas, a implementação de medidas para reduzir a captura acidental (linhas de afugentamento de aves e monitoramento eficaz) e a importância de garantir a conformidade com as regulamentações ambientais.