Promovemos a criação e o fortalecimento de áreas marinhas e costeiras protegidas, como ferramentas fundamentais para combater as crises de biodiversidade e climática. Trabalhamos em parceria com governos, comunidades e acadêmicos para consolidar diagnósticos e emitir recomendações baseadas no conhecimento mais rigoroso e atualizado disponível.
As áreas protegidas são uma ferramenta comprovada para preservar a biodiversidade, tanto em sistemas terrestres e costeiros quanto marinhos. Diante da grave crise de biodiversidade global, chegou-se a um consenso internacional sobre a necessidade de proteger 30% de cada ecossistema do planeta (Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal). Também foi acordado que as áreas protegidas devem estar conectadas para garantir o fluxo de espécies e manter o funcionamento dos ecossistemas (trocas de matéria e energia, entre outros aspectos). Essas áreas precisam ser geridas de forma eficaz, e não apenas declaradas como intenções.
Nas últimas décadas, os países do Cone Sul avançaram significativamente na criação de áreas marinhas e costeiras protegidas (AMP). O Chile declarou a proteção de 43% de seu território marítimo, superando consideravelmente a meta global. Outros países estão um pouco mais atrasados: a Argentina protege atualmente 8% de seu mar, e o Uruguai, menos de 1%. A porção do Mar Patagônico no Brasil ainda carece de proteção. Além disso, as AMP existentes não abrangem todos os ecossistemas do Mar Patagônico e necessitam de melhorias para que sua implementação seja eficaz, como aumento de orçamento e financiamento estável, maior quantidade de pessoal capacitado, equipamentos e tecnologia, além de boa interação com outros serviços públicos que têm influência sobre o mar.
As espécies marinhas mais ameaçadas (segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza) ou aquelas de alta mobilidade e com requisitos específicos de habitat não estão suficientemente representadas nas AMP. Frentes produtivas essenciais, que sustentam grande parte da biodiversidade do Mar Patagônico, como a frente do talude, estão severamente ameaçadas e desprotegidas.
As mudanças climáticas já estão provocando transformações antes impensáveis no oceano, desde o aumento da temperatura até alterações nas correntes oceânicas. Isso acarreta mudanças nos padrões de distribuição das espécies, tornando ainda mais complexas as soluções de conservação marinha baseadas em áreas protegidas.
É necessário ampliar os esforços, em um ritmo adequado e com a participação de todos os atores relevantes, para garantir a sobrevivência das espécies e ecossistemas essenciais do Mar Patagônico e suas áreas de influência.
Os Faróis do Mar Patagônico são uma seleção de áreas costeiro-marinhas e oceânicas que reúnem condições ecológicas e oceanográficas excepcionais. São habitats de alto valor para a conservação da biodiversidade, particularmente de espécies endêmicas ou ameaçadas. São relevantes para a funcionalidade estrutural e ecológica do ecossistema-alvo do Fórum. Sua conservação tem importância econômica, estética, cultural e espiritual. Esses faróis inspiraram a criação de diversas áreas marinhas protegidas nos últimos anos.
Junto a governos, cientistas, comunidades e o setor privado, trabalhamos nos seguintes eixos:
Fomentamos a representação equilibrada de todas as regiões ecológicas dentro dos sistemas de AMP. Com o apoio da melhor ciência disponível, identificamos as biorregiões marinhas, as lacunas, necessidades e prioridades de conservação. Apoiamos e assessoramos tecnicamente os governos na criação de áreas marinhas e costeiras protegidas em todos os níveis e jurisdições.
Apoiamos diagnósticos de efetividade na gestão de áreas costeiro-marinhas e o desenvolvimento de ferramentas para medir a gestão. Colaboramos no desenvolvimento e aplicação de protocolos e metodologias para monitorar a biodiversidade marinha. Assistimos na elaboração de planos de gestão e em diagnósticos de sustentabilidade financeira. Facilitamos processos de governança, auxiliando na sistematização de procedimentos e acordos, e promovemos iniciativas para fortalecer capacidades de gestão nas AMP.
Com base nos padrões de distribuição e migração de espécies e nos efeitos das mudanças climáticas, analisamos lacunas de conectividade e propomos a integração de sistemas de áreas marinhas protegidas e corredores em redes ecológicas.
Contribuímos com informações científico-técnicas para respaldar a proteção de mais de 100 mil quilômetros quadrados de áreas marinhas.
Produzimos mais de 20 publicações relacionadas às áreas marinhas protegidas da região.
Publicamos documentos de posição e declarações regionais para divulgar informações relevantes que facilitem a tomada de decisões.
Fornecemos informações e assessoria para apoiar a redação de projetos legislativos e políticas públicas.
Esta linha de ação é implementada pelas seguintes organizações do Fórum.
Foro
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Andrea Michelson, Coordinadora
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